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Hanna Rodrigues

Como Separar seu Lixo? (Ou Melhor, Resíduo)

Depois que compramos um produto, é praticamente inevitável que alguma parte dele - seja sua casca, seja sua embalagem - perca a sua função original. Você provavelmente irá querer descartá-la no lixo.


Independente do material que sobrou, ele é considerado um resíduo sólido, e é bem possível que haja alguma destinação mais nobre para ele do que jogar no lixo. Por isso, antes de começarmos a aprender sobre como separar nosso lixo, quero introduzir a você o conceito de resíduo sólido.


Qual a diferença entre resíduo e lixo?


Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), “lixo” não existe.


Todo material, substância, objeto ou bem descartado resultante de alguma atividade humana é considerado um resíduo sólido. Ou seja, tudo o que geramos em casa, na rua ou na empresa e precisa ser descartado e destinado é um resíduo sólido.


Mesmo assim, muitas pessoas ainda usam a palavra lixo quando falam dos rejeitos. Segundo a PNRS, rejeitos são:

Resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.

Ou seja, chamamos de lixo apenas aquele resíduo que não possui mais possibilidades de reutilização ou transformação e não pode ser nem reciclado nem compostado. Essa parcela dos resíduos precisa ser destinada a aterros sanitários ou pode ser incinerada.


O conceito de lixo, por outro lado, é muito anterior ao dos resíduos. A origem da palavra lixo é incerta. Segundo alguns autores ela pode ter se originado do Latim lix, que significa "cinza, lixívia". A outra hipótese é que ela vem de lixius que significa “água ou objeto sujo”.


Lixo, para muitos, ainda é tido como qualquer material ou bem inútil, supérfluo ou sem valor, que precisa ser descartado. Para nós, todo lixo é recurso natural e pensar no seu destino faz parte de nossa responsabilidade.


Agora que estamos todos na mesma página, vamos falar sobre nosso tema central.


Como separar o seu resíduo?


Como a própria PNRS especifica, todos nós somos responsáveis pelo ciclo de vida dos produtos e seus impactos no meio ambiente. É o que chamamos de responsabilidade compartilhada, e significa que tanto fabricantes e comerciantes quanto consumidores são responsáveis pela gestão correta de seus resíduos. Para que isso seja feito da melhor maneira possível, precisamos conhecer melhor sobre os materiais que são recicláveis e como separá-los dos outros.


Através do descarte seletivo damos início à cadeia da reciclagem e da compostagem.


  • Separe entre orgânico, reciclável e rejeito

Alguns municípios e empresas realizarem a separação de acordo com padrão de cores determinado pelo CONAMA, mas na cidade do Rio de Janeiro a separação é feita em até três categorias. Isso acontece porque ainda não temos um fluxo logístico estabelecido para cada tipo de material separadamente.


A Teiares recomenda que o seu resíduo seja separado em três frações distintas.

  1. Orgânico: se você ainda acha que todos os restos de alimentos deveriam ir pro lixo, então precisamos conversar melhor sobre esse assunto. Todos os resíduos orgânicos podem e devem ser reaproveitados pela natureza. Você pode compostá-los em casa ou solicitar a retirada correta através de um serviço de economia circular. Na Cidade do Rio, existem algumas empresas que fazem isso, como o Ciclo Orgânico, que faz coletas domiciliares, e a Videverde que oferta esse serviço para empresas.

  2. Reciclável: plásticos, papéis, metais e vidros entram nessa categoria. A coleta seletiva dos recicláveis permite que esses materiais retornem para a indústria recicladora, se transformando em novas matérias-primas. Você pode juntar todos os recicláveis em um saco plástico transparente e os catadores da cooperativa irão separá-los por composição, dando o destino correto.

  3. Rejeito: o famoso “lixo”. Todo resíduo que não puder ser reaproveitado, reciclado ou compostado, e, infelizmente, precisará ser descartado em aterros.


Agora que você já sabe o que separar, é hora do próximo passo.


  • Higienize seus recicláveis


Quando não limpamos nossos recicláveis, fazemos o descarte de materiais sujos. Sabemos que, às vezes, a coleta seletiva leva alguns dias para sair da sua casa e chegar até a cooperativa, onde será feita a separação detalhada de cada tipo de material. O problema é que a sujeira - resquício de alimentos, bebidas, gorduras - entra em processo de decomposição, atraindo ratos, baratas e outros insetos e gerando odores. Além de colocar em risco a saúde dos catadores, podemos inviabilizar a reciclagem de alguns materiais.

Por isso, recomendamos que os recicláveis provenientes de embalagens de alimentos, sejam lavados e descartados limpos.


Como a água é um bem extremamente precioso, precisamos economizá-la ao máximo. Uma dica bem útil e colocar seus resíduos sujos no fundo da pia, assim você consegue limpá-los enquanto lava sua louça.


  • Guarde seus recicláveis separadamente


Após limpos, os materiais recicláveis devem ser guardados. Você não precisa

separar os recicláveis por tipo de material, mas pode fazê-lo, se quiser. O mais

importante é garantir que eles não vão se misturar com orgânicos ou rejeitos.

Uma dica nessa etapa é tentar otimizar o uso do saco, dobrando papelões e amassando

latinhas. Assim você economiza espaço e torna a nossa coleta mais eficiente.


Depois de bem guardados, é só aguardar a hora da coleta seletiva para que isso siga para o destino correto.


  • Está em dúvida se o material é realmente reciclável e reciclado?


Dá uma olhada nos materiais que a gente tem produzido por aqui e no nosso Instagram. Tem várias dicas do que pode e o que não pode ser destinado às cooperativas e o que é reciclado no Rio de Janeiro. Ainda assim, caso você tenha dúvida, envie uma pergunta pra gente ou pergunte a algum catador, eles com certeza saberão.


E fica aqui uma dica importante: sempre que você tiver certeza que um plástico é rejeito, como é o caso do BOPP no Rio de Janeiro, nosso sugestão é não enviá-lo à cooperativa. Esse material irá consumir tempo e recurso humano da cooperativa sem gerar nenhum tipo de retorno ou receita. Além disso, imagine o caminho que ele vai percorrer da sua casa para a cooperativa e da cooperativa para o aterro desnecessariamente, gerando emissões de CO2. É muito mais econômico para a nossa sociedade e cidade que ele vá direto para o aterro sanitário. ;)



E lembre-se, separação dos resíduos é prática e hábito. Pode até parecer difícil e complicado no início, mas é só começar a fazer que vira parte do nosso dia-a-dia!

Vem fazer a coleta seletiva com a gente!


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