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Lixo pode ser reciclado?

Atualizado: 8 de set. de 2020

Se sim, como o reciclamos?


Reciclar é um processo que transforma a matéria-prima, permitindo que ela retorne para a cadeia produtiva. Parte essencial desse processo é a identificação correta dos resíduos recicláveis. Afinal, você sabe quais materiais são recicláveis?


Vamos conferir passo a passo.

Identifique as categorias

Se você já tem alguma familiaridade com a coleta seletiva, pode ter uma noção melhor de quais são os tipos de material potencialmente reciclável. Temos 4 opções de material: papel, vidro, metal e plástico.

Mas por que potencialmente recicláveis? Bom, vamos ler um pouquinho sobre isso no item abaixo.

Confira o símbolo de reciclagem na embalagem

Sabe aquelas 3 setinhas em movimento circular? O símbolo da reciclagem nos ajuda a identificar os materiais que são recicláveis. Ou seja, se sua composição físico-química é passível de transformação em um novo produto.

É muito comum identificarmos esse símbolo nas embalagens de plástico. Faz um teste! Pegue uma garrafa PET que você tenha em casa e procure identificá-lo.

No caso dos plásticos, especificamente, eles podem ser classificados em 7 tipos diferentes, dependendo do tipo de resina que tenha sido usada na sua constituição. Essa simbologia foi desenvolvida exatamente para nos ajudar a identificar o tipo de plástico e seu processo de transformação.


Imagem retirada da pagina autossustentavel.com/2018/11/simbolos-reciclagem-plastico.html

Todos esses 7 tipos de plásticos são potencialmente recicláveis e, tecnicamente, podem ser transformados em novos. Assim como os plásticos, outros materiais também podem vir com uma simbologia similar, como é o caso do alumínio.

Nem todo plástico, metal, vidro e papel são, de fato, reciclados

Apesar de serem passíveis de reciclagem, nem todos os materiais são reciclados na prática. Isso porque a reciclagem depende não só do tipo de material, mas também de toda uma viabilidade tecnológica e de mercado para acontecer.

Além disso, muitos desses resíduos hoje são compostos por mais de um tipo de material, como papéis que tem uma película de plástico para serem impermeáveis. Ou embalagens com dupla camada de plástico e alumínio.

Por isso, nem sempre o que é reciclado em uma região, é em outra. Quando isso acontece, o material, por mais que seja potencialmente reciclável, acaba sendo descartado e destinado no rejeito.

Vamos conferir dois exemplos práticos?

  • O BOPP (polipropileno biorientado) metalizado


Corre na sua dispensa e pega um pacote de batata palha ou biscoito! Aposto que na embalagem você vai achar o número 5-PP ou 7-OUTROS envolvido pela setinha. Acertei?

Pois é, essa embalagem é feita de um plástico reciclável, o Polipropileno. Mas como essa embalagem também tem uma camada de metal, a reciclagem fica bem difícil. Afinal, o correto seria separar essas camadas de embalagem antes da reciclagem. Hoje não temos tecnologia para processar isso no Brasil em larga escala, então ele é tratado como rejeito. Ou seja, é descartado diretamente em aterros sanitários.

Nesse caso, o desafio está em não termo uma tecnologia desenvolvida para processar esse resíduo.

  • O vidro

Você sabia que tem regiões no Brasil onde o vidro é considerado rejeito?

O vidro é um material que pode ser reciclado infinitamente. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Vidro, nada da matéria-prima se perde no processo de reciclagem e ela pode ser 100% reaproveitada, sem perder a qualidade.

Mesmo assim, em muitos lugares, o vidro é tratado como rejeito. Mas por quê?

Há alguns fatores que dificultam o processo de retorno dessa matéria-prima à indústria, como a falta de um sistema estruturado de coleta desse material e o baixo valor de comercialização do vidro.

Em geral, a reciclagem do vidro não é tão atraente para catadores e cooperativas. O material é pesado, o que dificulta a coleta sem equipamentos, e oferece riscos de acidentes.

Além disso, as indústrias que processam o vidro estão concentradas na região sudeste do Brasil, dificultando muito a logística reversa do material.

Somado a tudo isso, está o baixo valor de comercialização desse material. O vidro é um dos materiais com menor valor de mercado, sendo comercializado no Rio de Janeiro por valores que vão de R$ 0,10-0,24/kg.

O que acaba acontecendo na prática é que o envio desse resíduos de volta às indústrias se torna financeiramente inviável para as cooperativas, que o descartam como rejeito.

Nesse caso, o desafio aqui não é a composição do material, mas sim a estruturação de um sistema de coleta, transporte e envio dessa matéria-prima às indústrias a um valor competitivo.

Aprendendo com a prática


Mais do que saber a teoria, identificar resíduos tem a ver com a prática! Por isso, não tenha receio de tentar e experimentar, será um aprendizado incrível.

Além disso, ninguém sabe isso melhor do que os catadores de materiais recicláveis. Afinal, são eles que realizam a separação entre cada um dos tipos de resíduos recicláveis. Já pensou em perguntar a eles um pouco mais sobre o assunto?


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